“Nossa história começou após uma amiga em comum nos apresentar.
Grazi, eu tenho um amigo que você vai gostar de conhecer.
Bendita amiga! Depois de três meses saindo, engatamos um namoro.
O casamento veio após seis anos de relacionamento.
Depois de muita conversa, muito planejamento, balanceamento de expectativas, foi uma verdadeira construção!
Não, não teve um pedido oficial!
O Ricardo nunca correspondeu ao amor romântico dos filmes e novelas.
Eu precisei de tempo (e de terapia, rs) para lidar com as minhas expectativas de ter ao meu lado um parceiro mega-romântico.
Depois de muita elaboração emocional, aprendi a enxergar no Ricardo coisas que jamais conseguiria se continuasse idealizando alguém que ele não era.
Então, se você não foi pedida em casamento, tá tudo bem, amiga!
A fase dos preparativos da festa foi um verdadeiro caos!
Depois de eu insistir muito em ter uma festa, Ricardo estipulou que o ideal seria gastar X, eu imaginava 2X e após iniciar as cotações com os fornecedores virou 4X…
Comecei a me desesperar, rs.
Era preciso sentar e avaliar o quanto valeria a pena gastar nessa festa, sem comprometer nosso orçamento.
Tudo mudou durante o INSPIRE, evento do blog que me ajudou muito. Através do INSPIRE conheci pessoas realmente apaixonadas por casamento e recebi dicas cruciais. A partir de então tudo fluiu. Comecei pelos fornecedores que eu considerava prioridade!
Fechei primeiro com a Lorenza Pozza (música) e a com a Vivi da Escreva uma Carta pra Mim (celebrante). Afinal, sob o meu ponto de vista a cerimônia era mais importante que a comida até!
Depois, fui fechando com os fornecedores de acordo com o que cabia no nosso orçamento.
Fui uma noiva que não acreditava nessa de que realizar o sonho não tem preço!
Para mim, tem preço sim! Tem limite sim!
O melhor exemplo disso foi meu vestido de noiva.
Quando eu ia às lojas, me dava dor no coração quando eu descobria o preço de um vestido que usaria uma única vez, durante poucas horas…
Os vestidos que eu gostava variavam de 7 a 12 mil reais.
Eu ouvia das vendedoras: ah, mas é o grande dia… você precisa se sentir linda… vale a pena… só se casa uma vez… nós facilitamos o pagamento… parcela em tantas vezes…
Ali, com o vestido no corpo, confesso que era tentador sair fechando a compra mesmo. Mas segui firme com a minha meta financeira!
Após muita pesquisa e frio na barriga, comprei meu vestido pela internet.
Não me arrependo! Economizei no vestido e pude investir em fornecedores que eram importantes para mim!
A propósito, me senti linda!
A beleza estava na sensação de ser envolvida pelo clima de amor, e não na etiqueta que qualquer estilista poderia me oferecer!
Faltando um mês para o nosso casamento, minha avó (amada-sagrada-idolatrada que eu amo mais que tudo nessa vida) passou mal e foi para a UTI.
Os médicos foram claros conosco: as chances de vida eram baixíssimas!
Nessa altura, eu não conseguia cuidar de mais nada dos preparativos. Faltava escolher decoração, fechar arte de papelaria, escolher docinhos, fechar lista de convidados…
Nossa, faltavam mil detalhes que eu sabia que não daria conta.
Fui envolvida pela dor da possibilidade de perder quem eu tanto amava!
Não cuidei de mais nada, nem de mim!
Sou grata pelas amizades que eu tenho! Apareceu apoio e ajuda de quem eu nem esperava!
E o contrário também foi verdadeiro, fiquei surpresa pela ausência de suporte de quem costumava ser muito próximo… Pessoas que se intitulavam família, mas que na prática, estavam mais preocupados se teria lembrancinha na festa, se poderia levar fulano, como eu não tinha convidado ciclano…
Na véspera minha avó melhorou e os médicos estavam correndo com a papelada da alta hospitalar!
Eu estava cheia de esperanças, afinal, tínhamos a chance de tê-la no casamento!
Fizemos de tudo: agilizamos com as enfermeiras, falamos com a administração do hospital, ligamos para o convênio…
Enfim, contei minha história e chorei com cada funcionário que eu encontrava. Tudo estava preparado: ambulância para levar e enfermeiras para cuidar dela durante o casamento.
A justificativa para tanta demora era: é véspera de carnaval, não temos como agilizar a alta…
No fim, não conseguimos.
O GRANDE DIA
Pontos altos:
• Trocar votos a sós com o Ricardo antes da cerimonia (o noivo não queria trocar votos em público no microfone… No fim das contas, foi lindo e muito intenso fazer só nós dois);
• Nossa daminha e nossos pajens (muita fofura);
• A celebrante (com um texto verdadeiramente emocionante);
• A música (com a Lorenza Pozza e um livreto fofo com a explicação da escolha de cada música);
• O fotógrafo (que captou imagens lindíssimas de momentos espontâneos, já que não queríamos gastar tempo com fotos posadas);
• Substituição do tradicional bem casado por brownies;
• Madrinhas de vestido preto do jeitinho que o noivo queria;
• Reprodução de fotos do casamento dos meus sogros;
• Recordações deliciosas de dançar com meu noivo e amigos na pista;
• PT divertidíssimo do noivo.
Foi um dia lindo-maravilhoso-incrível. Porém, me sinto na obrigação de revelar detalhes que saíram do planejado…
• O gerador contratado não chegou e a previsão era de pancadas de chuva (sorte que não acabou a energia);
• Os livretos da papelaria que seriam distribuídos na cerimônia vieram através de uma convidada, porque não ficaram prontos antes;
• O fornecedor de vídeo enviou outra pessoa e não conseguiu comparecer para cobrir nosso casamento… Tudo bem que ele enviou uma pessoa super querida, mas não foi quem eu contratei inicialmente);
• Nossa cerimônia atrasou e ninguém até hoje consegue me dar um motivo justo para isso;
• Meu pai organizou um ônibus que ajudaria alguns convidados a chegarem ao casamento (afinal, era em São Roque), mas o resultado foi uma verdadeira novela mexicana: o motorista estava com um ônibus caindo aos pedaços e abandonou a viagem no meio. Foram 15 convidados deixados na mão que tiveram que se virar para chegar. Até hoje lembro desse fato com tristeza;
• Não contratei retoque de cabelo/maquiagem e me arrependo. Estava um mega calor e teria feito diferença (não só para as fotos, mas para o meu conforto mesmo);
• Não comi e me arrependo. Algumas pessoas elogiaram a comida da festa e eu não consigo ter opinião formada sobre o tema. Nem o bolo eu comi.
Pensando agora, são bobagens, eu sei! Mas acho importante compartilhar que, assim como tudo na vida, o dia do seu casamento não será perfeito!
Se eu pudesse dar uma dica, diria para você se desprender da expectativa e curtir o processo!
Casamento é um verdadeiro divisor de águas (pelo menos pra mim, foi!).
Ficou muito claro quem de fato torcia por nós! E ficou claro na mesma proporção quem se envolveu na festa por motivos alheios à nossa felicidade!
Não vou mentir… doeu e ainda dói!
Recordar nossa festa de casamento é um misto de sentimentos até hoje.
Estou caminhando para o entendimento de que faz parte e de que eu precisava ter passado por isso para chegar na construção da mulher, filha, nora e esposa que eu sou hoje.
Afinal, o resultado dessa caminhada é que eu tenho ao meu lado um marido encantador que compartilha diariamente comigo o verdadeiro amor”.
Grazi, obrigada por tanta energia, alegria e amor.
Que orgulho acompanhar um pouquinho da história de vocês!
Muita festa, muita celebração, muito carinho, família, diversão e sorrisos.
Viva os noivos!
Quem fez?
Fotografia: Rafa Ramos • Vídeo: Brotto Filmes • Celebrante: Escreva uma Carta pra Mim • Papelaria: Estúdio Pinus • Música: Lorenza Pozza • Assessoria: Juliana Fontolan • Espaço e gastronomia: Tajj Eventos • Vestido de noiva: Coco Melody • Ajuste do vestido: Ellegancy Costuras • Brincos: Mari Peres • Beleza: Andressa Marques e Pauline Borba • Sapato: Santa Scarpa • Traje do noivo: Via Veneto • Bem casado/Brownie: Tô de Brownie • Robes: Aliexpress • Gravata dos padrinhos: SS Gravatas