Tha e Lindo | Casamento dos sonhos em Ilhabela

Vinicius de Moraes escreveu que a vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.

O atual momento do blog, o meu atual momento e o post de hoje confirmam a frase do poeta. No fim das contas são os encontros, os mais loucos e misteriosos, que nos fazem crer que a vida vale a pena.

Acontece que o casamento da Tha e do Lindo não é qualquer casamento, o que torna a minha missão muito mais difícil.

Eu poderia dizer que a Thalita é parecida comigo e que poucas vezes conheci alguém tão apaixonada por casamentos, mas seria mentira. Ela é muito mais vidrada em casamentos do que eu!

Diferente de mim, que só descobri esse mundo encantado dos véus e grinaldas quando me vi noiva, a Tha já era noiva antes de ser. Uma dessas gurias lindas e malucas que colecionam referências e veem na celebração do amor algo encantado.

E ela também é mais. É gentil e generosa com outras noivas, coisa que descobri porque no grupo onde conversamos diariamente, a Thalita logo assumiu o posto de irmã mais velha, aconselhando e motivando as demais.

Entendem o tamanho da minha responsabilidade ao falar desse casamento?

Eu não sei separar a Thalita-noiva-maravilhosa-de-Ilhabela da Thalita-amiga-que-conheci-em-um-evento-do-blog.

Na falta das palavras certas, cabe contar que este é um dos casamentos mais cheios de amor que já publiquei.

Amo o vestido da Tha e o cabelo solto na cerimônia. Amo o Rodrigo Farah, escolhido para cantar no grande dia. Amo os detalhes e a decoração, que entre tantos mimos teve um quadrinho dado pelo blog.

Com vocês, o “sim” de uma das noivas mais maravilhosas que já conheci. Eis o casamento da Tha e do Lindo.

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“A nossa história, minha e do lindo, começa lá atrás, há 8 anos pra ser mais precisa. Nós tínhamos amigos em comum e nos encontrávamos raramente, mas eu namorava e ele também.

Passou um tempo e fomos ao mesmo aniversário, ambos solteiros. Foi ali, um olhar e eu mal sabia que nossas vidas seguiriam juntas dali por diante.

Ele fez charme, não pegou meu telefone pois sempre contava que nos encontraríamos com os amigos, já que saíamos durante todo o final de semana. Só que um dia, ninguém estava animado pra sair e ele queria me ver, foi obrigado a pegar meu telefone. E desse dia em diante, não nos desgrudamos, nosso amor só crescia.

Alheio ao meu relacionamento e não me lembro nem o porque, me encantei com o universo de casamentos e desde então sou imersa nesse mundo de noivas. Devorava blogs, matérias na internet, lia muito sobre o assunto simplesmente por ter me descoberto uma apaixonada por casamentos. Quando já namorávamos há uns 4 anos, minha irmã resolveu casar. Vocês devem estar se perguntando: tá, o que que tem a ver a irmã nessa história? Já vou explicar.

Minha irmã decidiu apenas casar no civil e não fazer nenhum tipo de comemoração e eu, que amo celebrar todos os momentos da vida e sou a louca do casamento, imediatamente barrei. Acho que a vida deve ser celebrada sempre, seja com uma simples taça de champanhe ou com uma festa de um milhão de reais, tudo depende do seu estilo e bolso. Mas enfim, ela topou e eu mergulhei nos preparativos do casamento dela.

Com o decorrer dos meses, todos me perguntavam quando seria o meu, mas infelizmente, eu não estava noiva. No dia do casamento da minha irmã, foi maravilhoso e eu mal sabia as surpresas que me aguardavam. O Lindo (o nome dele é Ricardo tá? É que eu só o chamo assim) já havia planejado tudo, conversou com meu pai e com meu cunhado para pedir permissão para que o nosso momento fosse na festa de casamento deles. Depois disso, pediu que a decoradora providenciasse um buquê e ao DJ que tocasse a nossa música, além de fotos nossas passando nas telas durante o pedido.

Hora do buquê: tensão! Com todo o empurra-empurra, minha garra e a mira boa da minha irmã, eu peguei o buquê! E nesse momento, ele parou a festa, ajoelhou e me pediu em casamento.

Dois anos se passaram e marcamos a data! Nem acredito! Obviamente que escolhemos o local onde ficamos noivos, Ilhabela. A data: 22/10/16. Pronto. Não tinha como ser mais a nossa cara. Definidos a data e o local, foi uma delícia ver o resto. Foram feiras, degustações, poucas viagens ao litoral e encontrinhos de noivas que se tornaram amigas do coração.

Definimos que queríamos um casamento com cara de festa na casa de praia, com cara de jardim, bem despojado. Pensamos em cadeiras coloridas e flores com cores vibrantes. Quis uma mesa de doces que parecesse um jardim bem florido e farto.

Escolhi a mesma fotógrafa que estava lá quando fiquei noiva, pois sabia que seria com um carinho ímpar, já que ela sabia a nossa história. Traçamos objetivos e escolhemos nossas prioridades: comida e bebida, música e decoração. Além do amor! Outra coisa que eu não abri mão foi do meu pai celebrar a cerimônia. Ele não é celebrante, mas é meu pai. E como não frequentamos nenhuma igreja, foi a escolha perfeita. Também não abri mão do Djoko, meu filho/cachorro, entrar com as alianças.

Minha parte favorita de uma cerimônia é quando o noivo vê a noiva entrar, e na minha não poderia ser diferente. Em meio aos olhares curiosos, celulares e sorrisos dos convidados, respirei fundo, e olhei apenas pra ele, aquele momento era nosso. Foi muito especial.

Outro destaque foi entrar com meus pais. Minha mãe sempre ficou de fora nas valsas dos 15 anos, nas da formatura e decidi homenageá-la entrando também com ela, ela foi minha maior parceira nesses meses de preparativos. Minha avó, que estava na primeira fila, nos fez chorar com um abraço apertado e emocionado. Foi ela quem me criou e tenho até uma tatuagem pra ela.

Como casamos em uma pousada, a festa começou dias antes com os convidados chegando e se hospedando lá. Decidi com a minha mãe, que foi uma parceirassa nesses meses, que faríamos um welcome kit com cartinha escrita a mão para cada um, para que os convidados se sentissem em casa.

A grande dica é: cerque-se de profissionais que você ame! Eles serão responsáveis pelo sucesso da sua festa. E foi o que eu fiz!

Amar suas escolhas é o essencial! O que eu mais queria era um dia de sol, e fiquei acompanhando a previsão e o tempo não quis colaborar. Confesso que dei uma surtadinha um mês antes, por diversos motivos, mas consegui segurar a barra quando escrevi meus votos e percebi que se chovesse, se fizesse sol, nada importaria pois o mais importante a gente já tinha: o NÓS e o amor que sentimos um pelo outro. E foi com esse sentimento que segui até o grande dia.

Choveu, parou algumas horas antes da cerimônia e assim tivemos um clima extremamente agradável para a noite que ia começar. A festa foi até quase amanhecer, cheia de dança, sorrisos e amores.

Resumindo, foi um dia mágico! Sem clichê, mas foi um dia que surpreendeu todas as expectativas, até para uma louca dos casamentos”.

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