Nada é por acaso. Essa pequena frase pode ter um significado e tanto!
Não é por acaso que pessoas ímpares tornam-se um par. Não é por acaso que esbarramos na pessoa certa e através dela conhecemos outras tantas pessoas, gente que se conecta perfeitamente ao nosso modo de vida.
Coisas assim ficam ainda mais óbvias quando a história é como a da Ágatha e do Vinícius, esse casal lindo e tão especial.
Vocês verão os dois por aqui de novo, afinal, eles tiveram dois casamentos.
O primeiro é este aqui, o pequeno casamento que incluiu igreja e casa, aconchego e muito amor. O segundo é a festa, realizada em um pub. Pois é, eu disse que eles são especiais!
O casamento na igreja em Limeira teve como principal motivador a família, que sonhava com esse momento. Aí veio o problema de saúde do pai do Vinícius e eles correram para antecipar a celebração. Como nem tudo pode ser explicado, a vida deu um nó nos planos e o pai do noivo faleceu na véspera do grande dia.
A data poderia ser de tristeza absoluta, uma missa sem sentido ou um tantão de coisas que acontecem quando a gente tem que lidar com a saudade, mas o amor venceu. Não só o amor do casal, mas o amor inexplicável da família e de pessoas que resolveram, acima de tudo, celebrar a vida.
No fim das contas podemos nos deliciar com os registros incríveis da Mari – Canvas Ateliê Fotográfico -, que participou de corpo e alma dessa história.
A Mari, que já fotografa com o coração, se superou e fez fotos lindas, delicadas e que tem a cara dos noivos.
A sensação de acolhimento e carinho na casa da avó do Vinícius, a descontração da Ágatha, a emoção dos convidados… Tudo vibra e faz a gente vibrar junto.
Casamento é muito mais do que festa, bem casado e outros tantos itens que às vezes nos empurram goela abaixo. Casamento é isso aqui: AMOR.
Com vocês, um casal apaixonante celebrando o amor em Limeira.
“Ágatha e Vinícius realizariam o casamento na igreja em agosto. Ele aconteceria principalmente por causa da família, que tinha o sonho de vê-los no altar.
O tempo passou, alguns infortúnios apareceram e em junho eles me procuraram explicando que o pai do Vinícius estava muito doente e que o casamento seria antecipado.
Na pressa, alinhamos as datas para dali a duas semanas e marcamos um café para discutir os detalhes de última hora, já que tudo havia mudado. Mas a vida é realmente imprevisível e 24 horas antes do casamento eu recebi a notícia de que o pai do Vinícius havia falecido.
Ele e a Ágatha estavam fazendo essa celebração principalmente porque o pai dele fazia muita questão, e infelizmente ele não conseguiu estar presente de corpo.
Quando a Ágatha me ligou para me contar o que havia acontecido eu já comecei a chorar no telefone mesmo, pois sabia o quanto aquilo era importante para ele (ele até chegou a sonhar com o casamento naquela semana) e para os dois. Eu sabia que teria que me preparar para outro cenário, diferente dos que eu estava acostumada a ver em um dia de casamento.
Cheguei às 9 em Limeira e fui para a casa dos avós do noivo, onde eles estavam se arrumando. Fui recepcionada com café passado e bolachas, boa prosa e todo aquele aconchego de casa de vó do interior.
Fiquei tocada por cada detalhe, que me lembrou a casa da minha avó, desde o café, até a avó dele fazendo a barra da calça alguns minutos antes, assim como a vinha avó que é costureira.
Por mais que fosse um cenário diferente, eu consegui ali o que mais me importa: a conexão. Conversei com os avós deles como se eu fosse da família, senti todo o amor que estava envolvido naquele dia e a saudade teve um novo significado, como se todos os envolvidos decidissem guardar a dor por algumas horas, para realizar um grande desejo do pai em vida.
Os dois e o pai do Vinícius queriam tanto que esse casamento acontecesse, que a saudade deu lugar a alegria, mesmo que por alguns instantes.
Foi leve e intenso ao mesmo tempo, foi lindo e acima de tudo, foi um momento para celebrar a vida e os momentos bons, coisa que devemos fazer todos os dias”. (Mari, Canvas Ateliê Fotográfico)
Queridos, obrigada por tanto amor e inspiração!
Que a vida a dois seja tão leve e gostosa quanto a celebração de vocês. Que a cumplicidade sempre fale mais alto e que comemorar a vida seja uma constante.
Agora sim, pode beijar a noiva.
Quem fez?
Fotos: Canvas Ateliê Fotográfico • Doces e bolo: MoCa Doces Artesanais • Flores: O Amor e a Flor • Traje do noivo: For Jack • Gravata: O Francês Gravataria • Vestido de noiva: Julia Pak • Acessórios: Mari Peres